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Image credits: Igor Kupec

A ADHD ou em português PHDA (Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção) é um distúrbio cerebral, presente desde o nascimento ou que se desenvolve logo após o nascimento. Inicialmente a Associação Americana de Psiquiatria classificou esta perturbação dentro do domínio das perturbações disruptivas do comportamento e do défice de atenção, conjuntamente com outras duas: A perturbação de Oposição e a Perturbação do Comportamento. Recentemente, com o avanço da investigação e evidências claras de foro neurobiológico, a PHDA foi classificada dentro das perturbações neurodesenvolvimentais pela American Psychiatric Association.

O diagnóstico clínico da PHDA é um procedimento delicado e complexo. Por vezes sobrediagnosticado é um facto.

O processo envolve um protocolo clínico cuidadoso, incluindo: Observação comportamental, avaliação neuropsicológica (funções executivas, atenção, memória de trabalho), psicodinâmicas, psicossociais e familiares. Só um especialista poderá avaliar concretamente os critérios que suportam a avaliação e a possibilidade de diagnóstico diferencial.

Esteja atento(a) aos seguintes sintomas:

Défice de Atenção: Problemas em manter o foco ao estímulo importante e ignorar prescindível. Relutância em iniciar atividades que exijam concentração. Descontinuidade, desorganização, dificuldades de concentração...

Hiperatividade: Atividade motora em excesso; necessidade de estar em movimento; Dificuldades em permanecer sentado(a), sossegado(a) ou calado(a) durante a maior parte do tempo.

Impulsividade: Baixa capacidade no controlo de impulsos; Dificuldade em aguardar pela sa vez; Dificuldades na tomada de decisão, processo de deliberação, passando logo ao acto.

Dicas para os pais:

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* Quando procurar comunicar com a criança, faça um maior esforço para manter o contacto ocular. Chame delicadamente à atenção caso ela se distraia com o intuito de retomar o foco;

* As instruções devem ser breves e o mais concretas possíveis;

* Garanta que tudo o que foi dito foi percetível para o/a seu/sua filho(a), pedindo para repetir novamente a informação;

* Estabelecer uma rotina para acordar, fazer refeições, brincar, elaborar os tpcs e voltar a dormir. Privilegie a brincadeira ao ar livre!

* Crie uma agenda e um cronograma de tarefas para o seu filho(a). Inclua o estudo, organizando-o detalhadamente por importância e tempo;

* Se a criança for indisciplinada não abra mão do castigo. Não negligencie as suas responsabilidades parentais e não receie um ou outro conflito;

* Não se esqueça de recompensar a criança também pelo seu esforço. Dedique-se à tarefa de ser pai/mãe e brinque com ela. Seja afectuoso(a) e tolerante nesta fase;

Tratamento:

No caso da PHDA, o primeiro procedimento a tomar é visitar um psicólogo clínico, para que este possa proceder ao trabalho de diagnóstico clínico a fim de apurar ou não a perturbação. Tal como referido anteriormente, é necessário um trabalho pormenorizado na avaliação de forma a preencher ou não os critérios de avaliação. Por muitas vezes a PHDA é confundida com outros distúrbios ou perturbações comportamentais e por isso urge a necessidade de um diagnóstico diferencial.

Caso se venha a verificar um diagnóstico positivo de PHDA, o tratamento poderá beneficiar de um trabalho conjunto com a psiquiatria, através do tratamento farmacológico. Indispensável é o acompanhamento psicoterapêutico, tal como o trabalho de educação psicossocial entre os familiares e a própria escola. Nos casos menos severos não chega a ser necessário terapia farmacológica, sendo a própria psicoterapia eficaz por si própria.

É importante perceber que muitos destes sintomas podem camuflar por vezes dinâmicas familiares ou escolares tóxicas. Algo que um psicólogo experiente possa analisar facilmente. Desta forma procure ajuda especializada.

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